terça-feira, 19 de maio de 2015

3 épocas

E pronto, estão abertas as três épocas.

A época balnear, muito bem-vinda, gostamos muito de ti.

Chega também a época  das pessoas que usam fio dental sem a mínima noção do que estão a fazer. Fio dental já por si é uma coisa que eu não consigo achar graça, nem sexy, nem bonito, mas pronto isso sou eu, que já vou para os 41 anos. Agora fio dental em rabos gigantes, que comem o próprio do fio dental é uma coisa que me ultrapassa. Porquê pessoas, porquê?  Sim eu sei, ah e tal pessoas com elevada auto-estima, sem complexos, que gostam do seu corpo...ok, mas menos...muito menos.

E por fim, mas não menos importante, a época das fotos em biquini, ou fatos de banho vá, nas praias e piscinas deste nosso Portugal, em posições claramente estudadas e favorecedoras que nos fazem parecer a Gisele Bunchen. Como dizia o outro, mi engana que eu gosto.


segunda-feira, 4 de maio de 2015

Ser mãe é...ter no mínimo 2 filhos

Isto vem mesmo a calhar com o Dia da Mãe

Enerva-me cada vez mais a velha história do filho único.
As mães de apenas um filho são olhadas de lado, não me lixem, sei bem do que falo.
Geralmente quando a conversa vai parar aos filhos é mais ou menos isto:
- Ai eu tenho 2, um casal
- Eu tenho 3, vai ser espectacular
- Eu sou uma maluca, vou a caminho do quarto
- Eu só tenho uma (esta sou eu)

E perante isto, parece que as pessoas até ficam assim meio sem jeito, sem saber o que dizer, geralmente mudam de assunto ou continuam a conversa ignorando a informação, para não terem de fazer nenhum comentário.

Outro dia numa reunião, veio a conversa dos filhos, note-se que foi a primeira vez que vi aquelas pessoas na vida, adiante... filhos para lá, filhos para cá, as pessoas envolvidas na conversa tinha vários filhos, entre 2 e 3 por casal e mais uma vez eu, só com um filho, e de repente oiço a seguinte pérola:

- Ah, ter só um filho não tem piada nenhuma.

E eu não conhecia aquela pessoa de lado nenhum, mas fiquei magoada. Olha que caraças, mas quem é este anormal para estar com estas afirmações. Ele já teve um filho único e era tão mau que teve de ter o segundo? Desculpe lá se eu me sinto bem só com uma filha e aposto que a minha filha única tem muito mais piada que os seus 3 juntos...óh seu grande estupor.

E é isto minha gente, pessoas que só têm um filho não são pessoas normais, e filhos únicos também não são normais. Aliás se calhar era melhor não terem nascido para não serem únicos, essa raça do demónio.
Quase que mais vale não ter nenhum filho a ter apenas um, que horror, que família infeliz e que criança desgraçada.

E o mal vem de todos os lados, reparem, regra geral anúncios com famílias, têm sempre mais do que um filho. Reportagens sobre mães, entrevistam sempre mulheres com vários filhos.

Começo a achar que se calhar eu não sou mãe, se calhar só um filho não conta, se calhar há um mínimo necessário para ser considerada mãe e se calhar uma família, só é uma família quando há 4 elementos, será que a clarinha (minha cadela) conta?

Olha que grande merda, noites em claro, horas em hospitais, braços dormentes de tanto colo, mamilos em sangue, coração apertado, chatices, alegrias, um amor gigante que cresce a par e passo com a preocupação e afinal andei enganada este tempo todo, achava eu que isto era ser mãe.

Sou mesmo estúpida...aliás vê-se logo, só tive um filho.




sexta-feira, 24 de abril de 2015

11 anos



11 anos. 11 anos que passaram a correr. 11 anos de um amor sem fim. 11 anos de aventura.

Aos 11 anos a Inês é teimosa, exageradamente teimosa, tem o dom de me tirar do sério com uma rapidez incrível. Discutimos imenso, é raro o dia que não discutimos, geralmente por causa da roupa, ou porque ela é uma desarrumada, e estou farta de estar sempre a encontrar vernizes, papeis, tesouras das unhas, espalhados pela casa. Também discutimos sobre o cabelo, agora já nem tanto, se eu lhe fizer o tótó bem subido, ela aceita. Discutimos por causa dos estudos, porque ela resiste quando eu a mando estudar, não só resiste como enfrenta, acha que ela já pode decidir se precisa ou não de estudar,  eu acho que não, acho que ainda tenho uma palavra a dizer. Discutimos por causa da comida, nunca gosta de nada, deixa sempre no prato, aliás acho que ela aos 11 anos come a mesma quantidade de comida que comia aos 5 ou 6 anos. Discutimos por causa dos doces, ela come muitos doces, e eu ralho sempre, mas ela vai para a escola e vai ao bar e compra e eu encontro os papeis e ralho e ela não me obedece.

Aos 11 anos, adoro a mania que ela tem de deixar recados escondidos pela casa, seja para dizer que gosta de nós, seja para pedir desculpa, seja para pedir para vestir calções no dia a seguir. Gosto que ela desabafe comigo sobre os "problemas" de escola e que diga, que depois de me contar fica mais aliviada, porque tinha um aperto no coração. É bem educada, sabe comportar-se  tem noção das regras e valores. É uma miúda desenrascada, respondona, que faz imensa companhia e consegue ter conversas interessantes e nada infantis. É Linda, vai ser uma brasa e uma carga de trabalhos, tenho muita pena do pai dela, acho que não está preparado para o futuro. Adora pizza e lasanha e calções e tops de barriga à mostra (problemas). Usa o meu corrector de olheiras para disfarçar as borbulhas. Passa a vida  pintar as unhas..e a tirar...e a pintar. Viciada em pastilhas elásticas, adora dançar e ouve muita música africana, diz que quer aprender a dançar Kizomba ( nem que a vaca tussa).

Todo os dias quando lhe vou dar as boas noites à cama digo-lhe que a adoro. Não quero nunca que ela tenha dúvidas disso, mesmo que 5 minutos antes tenha estado aos gritos com ela, porque deixou outravez os ténis na casa de banho.

Já lá vão 11 anos, e ainda temos um longo caminho pela frente, o mais difícil estará para vir. Mas vamos fazer este caminho juntas e vamos chegar a bom porto.

Foram sem dúvida os meus melhores 11 anos.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Às vezes...

Às vezes, gostava de não ser boa pessoa, gostava de não me preocupar com os outros, gostava de não achar que a justiça é importante, gostava de conseguir defender aquilo em que não acredito, gostava de conseguir dizer o contrário do que penso. Gostava de não ter filtros, de dizer o que me vem à cabeça sem pensar demasiado nas consequências. Odeio a sensação que fica do "devia ter dito isto e aquilo".
Às vezes, gostava de ser uma filha da puta sem escrúpulos

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Páscoa

Ora então uma boa Páscoa para todos.
A minha vai ter família reunida, sol, piscina, ar puro e silêncio (ou não) e tudo isto regado a pudim de peixe da avó, entrecosto no forno da tia, tarte de banana, croissants de nutela, sobremesas maravilhosas que a outra tia faz, a famosa caldeirada de cabrito, bebida a acompanhar e nada mais.
O meu percurso nestes 3 dias que se avizinham será, descanso-cozinha-mesa de refeição-descanso-cozinha-mesa de refeição...
Vai ser isto.

terça-feira, 31 de março de 2015

A Disney e não só...

Adorámos a Disney. É um mundo encantado para crianças e adultos. Dá vontade de olhar para tudo com muita atenção, para temos a certeza que fica gravado na nossa memória e nunca vamos esquecer.
A Inês amou e andou em tudo o que era montanhas russas e coisas de tirar o fôlego. Já eu era mais carroceis e chávenas das princesas. Mas umas vezes com o pai, outras comigo, outras os três, dependendo do grau de dificuldade, lá andou em tudo o que queria.



Entretanto, assim que cheguei, marquei um fim de semana prolongado, com tios e primas, objectivo principal, que elas brinquem muito, que se cansem muito e que só regressem a casa para comer e dormir.
Estou à procura de casa para a semana de férias em família, somos muitos por isso não é fácil, e estou também a decidir para onde vamos nas férias do Verão. Antes disso tudo vem já aí a Páscoa, com 3 dias de descanso e calor, o que me parece perfeito para uns dias de papo para o ar e pé de molho.

E é isto que me deixa animada. ter sempre um destino, um programa, uma marcação para fazer.




quinta-feira, 19 de março de 2015

Os aviões, esses malditos

Íamos contar à Inês o destino da nossa viagem só no próprio dia, entretanto mudámos de ideias. Afinal a ansiedade, o contar os dias que faltam, os preparativos, também fazem parte da experiência. Por isso contamos, foi a loucura, a histeria, desde então não fala de outra coisa.
No entanto, desde ontem, juntamente com todas as outras perguntas sobre a Disney, o hotel,  onde fica,  a montanha russa, e que vai andar em tudo e blá blá blá, já me perguntou umas 2 ou 3 vezes: Mãe e se o avião cai? Achas que não vai cair? Nunca caíram aviões em Lisboa, só nos outros países? Não me mintas mãe, diz a verdade.

Ai o meu canário, não me lixem pá!!